sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Sobre a Bia que eu conheci e a sensacional prática do desapego









































Primeiro de tudo:

caso vocês, Beatrizes que lerem esta mensagem, não sejam a Bia que eu conheci, não leiam. Ao dizer "não leiam" é fato que vocês vão querer ler, né? Dá uma coceirinha de curiosidade, né?

Se quiserem, tiverem tempo, vontade e interesse leiam. Na verdade, leiam sim, leiam pacas. Vocês vão saber um pouco sobre minha vida, um pouco sobre essa Bia que eu conheci e um pouco sobre a sensacional prática do desapego.

A prática sensacional do desapego é uma prática sensacional. Com ela a gente aprende o seguinte: mesmo que dê tudo errado, dá tudo certo!
Por exemplo veja vc: a tal Bia que eu conheci começou com um erro: o erro mais certo que ela poderia cometer na vida dela. Ela entrou na sala errada. Eu sabia e falei isso. Mas aquele sorriso fácil , (adoro gente que ri fácil , mas sem ser o riso do desespero) dela casou tão certo com o meu sorriso fácil de quando conheço gente que ri fácil, que eu quis que ela ficasse e ela tb quis ficar.

Mas a Bia que eu conheci estava de fato na turma errada e ela teve que sair. Uma pena, pro mundo do inglês, sim, sem dúvida alguma.

Mas, porém, contudo, no entanto, todavia e entretanto... Ali, naquele dia, ela já estava me fazendo exercitar uma coisinha: a sensacional prática do desapego. Eu nunca mais vi a Bia na escola.

Depois quem errou fui eu: num show que eu queria mto ir com meus amigos, me perdi de todos, errei a entrada, mas optei por continuar feliz, sorrindo e sozinho... graças a sensacional prática do desapego. Mal sabia q seria o erro mais certo que eu poderia cometer. Adivinha quem eu encontrei, sorrindo e ainda por cima falando inglês! neste exato momento? A Bia numa fila monstro de milhoes de pessoas na fundico progresso.


Eu e a Bia ainda não nos conhecemos bem agora, nem nos conheciamos bem ali na entrada, mas pelo sorriso e vibração em comum, sem perceber a gente já tava de mão dada 10 segundos depois de se encontrar... Pra dez segundos depois disso se perder de novo.

Me perdi da Bia mas encontrei meus amigos 30 segundos depois... Pra 30 segundos depois me perder de todo mundo de novo.

Fiquei sozinho,sorrindo e cantando, graças a sensacional prática do desapego. Subi até o terceiro andar no meu lugar favorito pra ver o show. E adivinha quem eu encontrei de novo sozinha, sorrindo e cantando no meu lugar favorito?Adivinha?


O que eu sei sobre a Bia que eu conheci:ela dançava charmosa, ela já teve banda de reggae, ela mora na Lapa, ela demora mto no banheiro, ela tinha um inglês espetacular e fez propaganda da minha aula, ela me ensinou q "True Love" é Amor verdadeiro,ela me mostrou que "You and Me" do SOJA é a musica perfeita pra beijar, ela tb vai pra Praia Seca,ela tinha o sobrenome Mendes como meu pai, ela tinha uma boca q, como não podia ser diferente, se encaixou mto bem na minha. A Bia era cheirosa no meio da fumaça e do suor do show, ela usava Tommy Hifiger Masculino, que se transformava em alguma outra coisa diferente, o perfume sofria reações quimicas mirabolantes na pele macia dela e se transformava em um outro cheiro sensacional, espetacular e maravilhoso, inédito na história mundial dos perfumes!

A Bia que eu conheci me prometeu aula de violão em troca de aula de inglês, e me ofereceu conseguir um Ganesha que diz ser bem melhor que a Bicicleta.

Mas essas promessas não foram e podem nunca ser cumpridas, pq logo depois q a minha boca conheceu a dela eu me perdi dela de novo só ficou na minha memória um beijo gostoso, um pefume cheiroso e essas iniciais deste um email.



Apesar disso tudo q eu falei eu conheci mto pouco da Bia.

Sendo assim, caso vc seja mesmo essa Bia sensacional,espetacular, incrível, ultra giga mega hiper gata e sorridente que eu descrevi deixo um recado: Beatriz MPBS, eu quero te conhecer. Qdo, onde e como não me importa, mas eu quero te conhecer. Seria um inenarrável, indescritível e inimaginável prazer ensinar e aprender com vc.


Não é obrigatório aceitar o convite, logicamente. No problem. Me responda que tem namorado, que não tem tempo, que não quer, que sua mãe morreu, que vc tá mto chapada, que vai estar passando mal no dia q eu te convidar...Mas me reponda, não silencie. Me diga: No, thank you, teacher.(do not forget the "thank you" part, because we know you are an extremely polite lady).


Mesmo que vc diga "não", de qualquer forma eu não saio perdendo: vc é o meu perfume Tommy que caiu da minha mochila e se espatifou no chão. Um perfume que eu tive por pouco tempo e adorei intensamente, mas que me ensinou mto:

Sobre a sensacional prática do desapego e sobre uma Bia que eu pouco conheci.



Beijo pra vc Bia!

Seja lá que Bia for vc...



sábado, 30 de outubro de 2010

Reset

As vezes tenho vontade de me desligar. Pra parte chatada minha rotina queria poder dar um crtl+c crtl+v. Mas não dá. Dá é muito trabalho ficar atualizado com a quantidade absurda de informação. Queria só ter um Refresh F5 no meu cérebro. Mas não tem. Tem é muita situação de estresse de viver numa cidade grande igual a minha.Queria simplesmente Esc pra qualquer outro lugar. Qualquer outro lugar é onde eu queria estar nos tantos momentos que queria Crtl+z pra retirar o que eu disse. Não disse que me arrependo do que fiz. Fiz mta cagada, sim, mas nada que um logoff não resolva, nada que me faça querer alguma coisa diferente de Reiniciar na hora derradeira de Desligar.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Tá esperando o que?

Tá esperando o q? Pra ir falar com a mais gata da festa, pra pular do alto da pedra, pra pedir o aumento, pra dizer q te incomodou, pra falar o teu preço, pra dizer eu te amo!Tá esperando o q porra?Pra ir, pra tentar o novo, pra errar o caminho,pra se perder! Medo de se perder é o caralho! Vai! Tenta ué! Arrisca, porra! Tá esperando o que! O que?! A hora certa? O momento perfeito? A maré subir? Ter abertura?É agora! É agora!A hora é agora!A tua hora é agora!
Tá esperando o que porra?!
Pra começar a
Tentar mais.

Fazer mais.


Realizar mais.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Kamiitabashi

Eu, de camisa do Brasil, meu país, dando um rolê com minha Bike em Kamiitabashi, Tokyo Suburb.
Quero me perder no subúrbio de Tokyo. Não quero ser nada, quero ser um zé ninguém, eu quero me perder no subúrbio de Tokyo. Nunca fui a Tokyo. As vezes tenho uma vontade de não sei bem o que, de não ter a mínima idéia de onde, uma vontade de estar à deriva no meio de um mar qualquer... Sem roer as unhas por isso. É uma vontade minha, uma vontade agora, de me perder e flanar... Por um subúrbio qualquer de Tokyo.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Compromisso

A verdade é para os preguiçosos. Muitas vezes eu sou um preguiçoso. Não deveria me preocupar tanto em achar certezas, verdades e definições, mas muitos dias sou um preguiçoso. As vezes me pego buscando alguma rotina em que eu possa me agarrar e por um instante me iludir e acreditar que tudo é muito certo e verdadeiro e que não, o mundo não pode acabar amanhã. Sei que não há verdades tão certas assim, tão certo quanto a minha impossibilidade de mentir. Nunca pude mentir pra mim mesmo. Hoje já não preciso encontrar tantas verdades, só necessito ser verdadeiro comigo mesmo. Nunca soube definir muito bem o que queria... E não sei se é mesmo fundamental ser tão rígido e preciso com o que quero. O que sei que quero, é poder revirar meus pensamentos e saber que eles são, ou pelo menos tentam ser, algo que não se choca com o que vivo. Vivo. Acima de tudo quero sentir que estou vivo... Qualquer que seja a forma que eu viva. Tenho consciência que posso seguir qualquer caminho, sem que seja um caminho qualquer, qualquer caminho que seja genuíno e verdadeiro pra mim.
Ok, é verdade é que abomino compromissos baseados em imposições e obrigatoriedades.
Contraditoriamente o que eu busco é um compromisso: O compromisso da verdade.
O compromisso da verdade comigo mesmo.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Tão certo

Todos...
Tão donos de nós mesmos
Tão preocupados em ter razão
Tão interessados em sair bem na foto
Tão envaidecidos pelos elogios
Tão cheios de defesas pra parecermos mais fortes, demostrando como somos fracos
Tão preocupados em não parecermos ridículos
Tão certos de que de que somos de fato como achamos que somos (ou dizem que somos)
Tão em busca de qualquer certeza que seja certa o suficiente pra nos agarrarmos e esquecermos...
Esquecer que nada é tão certo...
Tão certo só a incerteza de tudo
Tão certo é que todos,
Todos, todos, todos...
Deveríamos ser mais ridículos.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Meu

Já quis:
ter "a" idéia brilhante que fosse só minha,
ter a pretensão de que minha namorada sempre foi e sempre será só minha,
ter todas as mulheres mais bonitas do bar interessadas só em mim,
ter a certeza que todos os meus amigos me tivessem como "o" melhor amigo,
ter toda a atenção da minha família,
ter a ilusão de que algo é realmente MEU,
só MEU.

Por isso escrevo um blog de eu só pra mim.


E quem nunca quis por um momento ter só pra si que atire a primeira pedra.

sábado, 13 de março de 2010

Pré fac Io s

DE, E Quem eu sou:

Por mais que eu tente saber quem eu sou, acho que nunca poderei ser outro pra de verdade ver quem sou eu. Meus escritos são uma forma frustrada de tentar esmiuçar, investigar, conhecer um pouco desse eu que até hoje, e pra sempre, sempre será um eu junto de mim. Separar não dá, dá pra escrever um livro sim...Um livro que só tem começo, um livro que acaba toda vez que tenta começar, um livro sempre em metamorfose...Talvez um livro só de prefácios, um trilhão quatrocentos bilhões novecentos milhões e quatrocentos mil prefácios...

Prefácios de quem eu sou.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Autorama

É complicada essa história de alto estimar-se: se for alto demais é arrogância, vaidade e prepotência; se for alto de menos é baixa auto-estima, complexo de inferioridade, falta de amor próprio. Mas é necessário alto estimar a si mesmo,ou em palavras mais fáceis e mais simples: ter auto-estima alta. Complicado é que muitas vezes vejo que minha(nossa né?) auto-estima não tem nada de alta nem de auto. Quando menos espero, me pego esperando alta estima dos outros pra que minha auto-estima baixa fique mais alta. Fomos condicionados a depender da alto estima alheia pra ter nossa auto alta. Então deixa eu escrever alto e claro: quem espera por meio do alto estimar de outrem ter auto-estima alta, nunca vai ter estima auto nem alta.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

S o l i d ã o a c o m p a n h a d a

1 4 / 6 / 2 0 0 7

F e s t a .
A m i g o s , f a m í l i a , c o n h e c i d o s , e s t r a n h o s .
C a s a c h e i a .
P o r m a i s c h e i a q u e e s t e j a a c a s a o q u e m e p r e e n c h e é u m v a z i o e n o r m e .
E s t e s e n t i m e n t o n i n g u é m m a i s o s e n t e , s ó e u o s i n t o : s o z i n h o .

A m o r .
R e c i p r o c i d a d e .
T e n h o c e r t e z a q u e a m o .
E l a t a m b é m t e m .
N o s s a s c e r t e z a s s ã o d e c a d a u m d e n ó s .
N o s a m a m o s s i m . . .
S o z i n h o s .

D o r e s e s o f r i m e n t o s .
F a l o , e x p l i c o , e s c r e v o , m e e x p r e s s o d e t o d a s a s m a n e i r a s q u e a s p a l a v r a s m e p e r m i t e m .
N ã o a d i a n t a .
A r e a l i d a d e e m q u e v i v o é s ó m i n h a .
M i n h a v i s ã o d o m u n d o s ó e u t e n h o .
Q u e m s e n t e a d o r e q u e m s o f r e s o u s ó e u , e u s o z i n h o .


S o z i n h o .


Me es p a n t a c o m o a i n d a s e e s p a n t a m a s p e s s o as c o m a m e r a p o s s i b i l i d a d e d a s o l i d ã o .
T ê m m e d o d e i m a g i n a r q u e n a v e l h i c e p o d e m f i c a r s o z i n h o s , s e m p e r c e b e r q u e s o z i n h o s s e m p r e e s t i v e r a m .
I l u s ã o é p e n s a r q u e p o r s e e s t a r a c o m p a n h a d o n ã o s e e s t á s ó .
S o z i n h o d e s p e r t e i p a r a o m u n d o e s o z i n h o m o r r e r e i .
N ã o r e c l a m o .
S e m p r e p e n s e i : A n t e s s ó d o q u e a c o m p a n h a d o .
A g o r a n o m e u q u a r t o e s c u r o , e s c r e v o .
E m c a s a, n i n g u é m .
E m e s m o q u e h o u v e s s e , e s c r e v e r h o j e é u m a m a n e i r a d e t r a d u z i r e m p a l a v r a s a s o l i d ã o d e u m a r e a l i d a d e q u e é s ó m i n h a .
N o e n t a n t o , s e p o r u m m o m e n t o m e u t e s t e m u n h o s o l i t á r i o f a z t o d o s e n t i d o p a r a v o c ê , a c a b o u a m i n h a s o l i d ã o .
A g o r a n ã o e s t o u m a i s s o z i n h o , e s t o u a c o m p a n h a d o ,
A c o m p a n h a d o p o r v o c ê .

Elogio a Inri Cristo


Louco, louco, muito louco, isso eu gostaria de ser.
Insanidade é uma virtude.
E eu falo aqui da loucura roots, e não dessa loucura neurose pré-pós-moderna de Nietzsche e Freud.
Na loucura reside sempre originalidade, isto é inegável.
Através da originalidade dos loucos muito já se criou.
Sorte da humanidade que os condena.

Loucura é autenticidade:
Louco é o que é.
Ponto.
Não sabe se isso é bom ou ruim, mas assim é.
O que os outros acham do que se é?
Foda-se.

Insanidade é intensidade, é inconseqüência.
Louco faz o que tem vontade, na hora que tem vontade e com muita vontade. Se der vontade de cagar no chão, ele caga. Se der na telha tirar a roupa ele vai tirar.
Freios sociais desnecessários nós temos, sim senhor, somos burros com orgulho! 
Mesmo sabendo que as nossas estradas solitárias são diferentes, mas levam todas para o mesmo destino, com ou sem freios.

O insano é feliz porque é criança.
Não tem vergonha de brincar.
É feliz porque é inocente,
Nem sabe o que é crueldade. Mesmo quando faz uma "maldade".
É feliz porque não dá limites reais ao que é imaginário.
Sonha de noite, sonha de dia, sonha alto.

Dizem que o louco vive num mundo de louco, num mundo só seu, num mundo de sonhos em devaneios. Vai saber.  
E quem falou que o melhor é viver nesse "nosso" mundo "real" que de"nosso" não tem nada?

E nós  tão sãos , tão normais e tão centrados . . .
"Esse cara é um louco ! " - quantas vezes proferimos na inocência do nosso complexo de superioridade.

Deveríamos agradecer pelo elogio .
Levemente louco todos já somos nas nossas idiossincrasias de sermos sempre só nós mesmos e nossa minúscula visão da realidade.
Jamais poderemos saber como é ser John Malkovitch.
Por isso que eu admiro o Inri Cristo.
John Malkovitch numa interpretação incrível de Cristo.


Intimidade


Hoje acordei meio angustiado. Eu tava pensando essas coisas que todo mundo pensa quando acorda angustiado na Argentina: o sorvete do Freddo é bom pra caralho, ela é linda e eu vou morrer. E aí? E aí que eu fui pra cama com ela pela primeira vez. Então pensei: nossa, eu estou dentro dela, literalmente dentro.Isso sim é intimidade, não? Não.
Eu, pensando enquanto fazia sexo.
Sexo é bom e é íntimo, mas os pensamentos é que são o ápice da intimidade. Enquanto a gente se olhava(depois do coito, só pra constar... tá bom,adimito, ela não era muito solta e eu pensava durante também) eu pensava isso e ela nem desconfiava. Eu e ela, a gente se entende muito, mas essa intimidade, de saber como é o pensar do outro, tipo quero ser John Malkovich, a gente nunca vai ter. Não houve nem haverá pessoa quem tenha mais intimidade comigo que meus pensamentos.

Outro dia fui roubado. Eu ri. Louco... Um pouco. O cara ficou meio bolado. Mas é que eu tava pensando o seguinte: os meus pensamentos vc não leva, seu trouxa! Podem me tomar tudo, meus pensamentos não.

Outro mês aí perdi tudo na enchente de Friburgo. Foda. Mas meus pensamentos continuaram sendo meus. Modificados porém intactos. E por mais que digam que não, que eu sou artista, ou autista, e que sou escalafobético e tal, eu posso sim morar neles. Não preciso de casa não.

Meus pensamento são uma posse que não possuo de fato e por isso mesmo que eles são o que há de mais genuinamente MEU no mundo.
Pensamentos são a essência mais pura e verdadeira de quem eu sou. Posso inventar histórias da minha personalidade, de coisas que eu vivi, mas meus pensamentos sabem o que se passa.

Esse texto por exemplo, tudo mentira. Não transei com ela ontém, nunca fui assaltado e não sou de Friburgo. Enquanto mentia pra todo mundo que lia, meus pensamentos sabiam toda a verdade.
Verdade é que registrar meus pensamentos é uma forma de aumentar minha intimidade comigo mesmo, de me conhecer, uma forma de me manter consciente de como anda minha relação com o mundo... De fora e de dentro .

Registrar meus pensamentos é imortalizar um instante, e pelo menos por um instante acabar com essa angústia dos dias em que me sinto tão mortal.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Antes de ler, leia

AQUI!

A mentira mais verdadeira

"Que bela piada que ninguém entendeu. Atores amadores, que são tão profissionais, que nem sabem quando estão atuando. Que grande bagunça perfeitamente ordenada. Que jogo perfeito cheio de erros tão certos. O ser humano é uma sátira de si mesmo na grande piada da vida... A vida... Esta linda piada que ninguém parece achar graça."


Eu, Juan Gael Amenalba, interpretado por Alfred na Bocca Della Veritá, em Massachussets

Verdadeiras e belas ou mentirosas e feias as palavras sobre arte do poeta paraguaio, vendedor de 3 vezes do Premio Nacional de Literatura de Paraguay e vendedor de um prêmio Nobel de Literatura, Juan Gael Amenalba?

Verdade é que eu não consigo entender a razão pela qual, apesar de seu poder criador, libertador, tanto se fala de arte com ar de superioridade, como se a arte de alguma forma tivesse importância maior que qualquer outra distração que criamos na tentativa de dar significado à  essa vida.

Mentira é tentar viver qualquer mentira que não seja uma que faz sentido pra mim.

Quando se fala de arte e se define, ou se acredita definir, algo indefinível, ocorre o paradoxo de tentar cristalizar em palavras algo cuja condição primordial de existência é a impossibilidade de definições.
Por isso eu gosto dos apelidos. Tudo tem seu apelido.

O Homo Sapiens apelidado de acomodado, ainda não teve a perspicácia de perceber seu poder criador e sua decisão de gerar uma eterna corda bamba entre verdadeiro e falso. É fácil entender que para muitos acomodados também chamados de bonachões, é mais fácil aceitar que existem verdades absolutas do que ter em suas mãos o peso de ser criador.

Resta-nos, por outro lado, tentar entender o porquê de muitos bonachões, muitas vezes conhecidos como artistas, terem uma evidente (ou mascarada) tendência em considerar a ficção que o homem criou e apelidou de arte, uma mentira superior á qualquer outro teatro inventado pelo ser humano, aquele Homo lá, apelidado de Sapiens.

E o que temos aqui, na tela afinal? Seriam pensamentos soltos de alguém que não conseguiu dormir? Mentira! Uma reflexão para uma aula de filosofia? Ou talvez a verdade seja que estas palavras são uma adaptação de um poema conhecido de Amenalba?

Não importa à conclusão que se chegue,qualquer uma será tão verdadeira quanto às palavras do grande poeta paraguaio Amenalba, também apelidado de Franco Fanti, por sua vez apelidado de estudante do curso de Roteiro, de professor de inglês(entre muitos outros apelidos).

É verdade que Amenalba nunca foi um ser vivo que respira e anda por algum mundo fora da minha imaginação. Ainda assim é um tanto assustador e confuso quando me dizem que a verdade é: Amenalba é uma mentira.