sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Manual precário para viver no mundo atual de forma otimista

Fatos:
1- Você existe.( é o que dizem, mesmo quem está no piloto automático).
2-O mundo existe do jeito que ele é agora(mesmo se estivermos na Matrix). 

Vamos ser realistas: no geral o mundo está caótico, estúpido, desigual, injusto, cambando pro lado negro da força e cheio de parasitas com medo de AMAR. Basta dar uma passada na porta da Baronetti* pra constatar isso.  
*Para o leitor que não conhece Baronetti é um portal pro inferno, que fica localizado na Praça Nossa Senhora da Paz(que ironia!) em Ipanema.

Mas e aí? E o que você faz com isso?
 
Sou romântico, acredito que se eu quiser uma transformação, revolução e mudação, tá aí, é possível. Você quer? Ser Socialista da Gávea, garoto juvenil da UNE, Che Guevara Junior, usar boinazinha verde e camisa vermelha com foice e martelo é lindinho, romântico, uma gra-ci-nha! Mas revolução de verdade dá um trabalho danado rapazinho, não se iluda. Além disso, o que você idealizou pode provavelmente acabar um tanto diferente da realidade, ou você não leu Animal Farm? Mas o fato é: tá tudo aí pra quem quiser mudar. Basta querer.

Tenho uma tendência ao isolamento e logicamente que existe também essa opção. Passei o carnaval semi-isolado da civilização, acampado no meio do mato, amando minha namorada. Eu lido bem com a solidão a dois ou a um, mas acho uma opção meio covarde. Não consigo lidar com as mazelas e as boazelas do mundo? Então me isolo, me fecho na minha casca no meio do mato e esqueço de tudo... no Capão, ou no Ceilão, ou na Ceilândia ou sei lá onde, no cú do conde.(só pra rimar)

Pessoalmente sou realista, mas idealmente sou otimista. Acredito que o a raça humana na maioria é otária e babaquinha, mas quando o cú aperta e a merda fede o ser humano se supera e toma vergonha na cara. Acho que no fundo, bem no fundo, as pessoas sempre acham um tiquito de AMOR e o mundo pode ser lindo (sem ironia), ou você não leu Cândido(com ironia)?
 
Voltaire, amigo meu de infância. Um belo babaquinha riquinho criado a leite com pera e pessimista.






















Quero ter uma filha com minha namorada, a Patrícia, que está lendo este texto agora(agora é quando você ler, agora, agora, estou sozinho escrevendo). AMO muito esta mulher e a nossa filha que ainda não nasceu e acho que esse é o segredo de suportar viver nesse mundo louco de meu Deus a ainda achar que o futuro pode ser melhor: AMOR.
Love is all you NEED... 
But the million-dollar-Ferrari you WANT is another thing.


quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Caxias do Sul - Um carnaval que você TEM QUE conhecer!


Caros Leitores foliônicos carnavaláticos, mando saudosas lembranças a vocês, direto da cidade de Krakatoa, em Anhangabaú Meridional, onde não é celebrado o carnaval (assim como em Caxias do Sul - RS) e onde eu celebrarei o meu este ano numa celebração honrosa ao paradoxo tão carnavalesco de celebrar o que não há pra celebrar.
TENHO QUE contar uma historieta,só pra que eu e você entendamos que não TEMOS QUE fazer nada nesse carnaval. Na verdade eu já entendi isso há algum tempo, mas quando digo entenDAMOS fico mais próximo de você e vice-versus. Diga-se de passagem, isso vale inclusive para ler esta historieta: nem eu nem você TEMOS QUE ler... até porque você já sabe como termina, eu não. 
Dado Doll e Tierry Figs zoando a vera no CarnaCaxias do Sul 2012



















Baseado em fatos reais
...E aí o meu amigo Thierry Figueirinha também conhecido como Dado Dollabellus(que é gente fina mas é um playboysasso fanfarrão exxxperto e malandro pacas), virou-se pra mim e disse:
"Anda rápido brotherrrrrrr, vambora que eu TENHO QUE pegar mulher!"
E eu pensei : TENHO QUE? Como é?
Vai lá, fera, vai fundo - respondi.
E foi com esse início de carnaval em 2011 que minhas obrigatoriedades de carnaval terminaram oficialmente pra sempre. 
Carnaval é a celebração dos absurdos,  a celebração mór da defasagem constante entre o que a gente acha que sabe e o que a gente realmente sabe. Pode perguntar pra qualquer pessoa sóbria(se encontrar alguma) que ela vai te dizer que sabe, que sabe muito o que está fazendo e porque está fazendo, quando na verdade já se sabe que é justo nessa época que todo mundo aproveita pra querer não saber de nada, pra fingir que não sabe muitas coisas que todo mundo sabe. Imagine você que eu me refiro ao que quer que você ache que cabe melhor quando me refiro a "saber" aqui, porque na verdade me refiro a muitas coisas. 
Fazendo um retrospecto, percebi que na maioria dos carnavais da minha vida sempre soube uma coisa: sempre tive uma necessidade intrínseca de TER QUE alguma coisa e tudo o que eu TENHO QUE fazer me soa como obrigação, e obrigação não soa muito agradável de se fazer. 
Nos carnavais quando era criança TINHA QUE fazer sexo com várias, quando adolescente  TINHA QUE  beijar o máximo de bocas que pudesse, quando virei adulto TINHA QUE me divertir a qualquer custo acordando as 5h pra suar esmagado entre 60 mil pessoas em Santa Teresa, quando cheguei na terceira idade eu TINHA QUE viajar, descansar e aproveitar ao mesmo tempo. Que bom que agora isso tudo acabou. 
Finalmente, agora sim, agora que já morri há dois anos atrás finalmente não TENHO QUE fazer mais nada.