domingo, 22 de janeiro de 2012

Esperto ao contrário

Você e eu somos meio burros(apesar de não acharmos) e sabemos muito bem como é esse negócio(literalmente negócio) de vender o nosso tempo.
Não se faça de bobo, seu joão sem braço! A não ser, é lógico, que você se chame João e não tenha um braço, ou seja um leitor do ornitorrinco como o Celinho D2, o Camelo, a Lu Piovani, o Roger Gobet e o Woody que não precisam mais vender o tempo deles, você sabe sim do que eu tô falando. Infelizmente não é meu caso. Não sei do que eu tô falando e ainda vendo muito da minha vida pra poder comprar meu tempo.

Luana Piovani, 22, uma gata muy simpatica e habitué do meu blog.

Veja você que ontem estava com um tempo livre. Resolvi pensar sobre meu tempo livre.
Estava pensando sobre como eu troco minhas horas livres por notas coloridas lindas e acabo sem tempo e sem livre.
Mas tem uma lógica sem lógica nisso: vamos trabalhar mais e ganhar mais.
Evidentemente irei aproveitar meu tempo livre comendo muito, viajando muito mais e gastando muito, muito, muito mais. Não sei se isso é mesmo uma lógica minha ou do sistema que eu vivo, talvez você possa me dizer. Acontece que eu usei tanto a lógica capitalista(nada contra, ok? adoro dinheiro) que não tinha mais lógica pra usar nos meus pensamentos, entende? Não tinha mais tempo pra aproveitar meu tempo, entende? Ficou tudo no automático.  E aí, as coisas ficaram muito, muito desproporcionais: comecei a trabalhar 5 dias e folgar 2.
Eu sei, eu sei, calma. É uma absurdo, concordo com você. O saudável seria no máximo 3 de trabalho e 4 livres. Mas parece que esse negócio(literalmente negócio) de trocar 5 de trabalho por 2 livres já é culturalmente aceito e totalmente aprovado. Existem inclusive,  pessoas que fazem 6 por 1!! Acho isso meio sem lógica. Logicamente sou categorizado como vagabundo, indolente, baiano ou político.
Não sei quem inventou o tempo do jeito que ele é, tampouco sei quem disse que ele não é livre.
Todo tempo é livre, é lógico! todo mundo sabe disso, menos eu e você.
Se eu e você soubéssemos disso, logicamente, não escravizaríamos o nosso tempo em troca da liberdade de ser escravo dessa vida bacanérrima que inventaram pra nós.
Lógico, também não é o fim do mundo. Não está tudo perdido pra mim e pra você. Nos resta o consolo de que no último dia da nossa vida não seremos aqueles saudosistas remelentos que lamentam a vida que levaram:
" Poxa, como eu queria ter trabalhado mais."

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