quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Elogio a Inri Cristo


Louco, louco, muito louco, isso eu gostaria de ser.
Insanidade é uma virtude.
E eu falo aqui da loucura roots, e não dessa loucura neurose pré-pós-moderna de Nietzsche e Freud.
Na loucura reside sempre originalidade, isto é inegável.
Através da originalidade dos loucos muito já se criou.
Sorte da humanidade que os condena.

Loucura é autenticidade:
Louco é o que é.
Ponto.
Não sabe se isso é bom ou ruim, mas assim é.
O que os outros acham do que se é?
Foda-se.

Insanidade é intensidade, é inconseqüência.
Louco faz o que tem vontade, na hora que tem vontade e com muita vontade. Se der vontade de cagar no chão, ele caga. Se der na telha tirar a roupa ele vai tirar.
Freios sociais desnecessários nós temos, sim senhor, somos burros com orgulho! 
Mesmo sabendo que as nossas estradas solitárias são diferentes, mas levam todas para o mesmo destino, com ou sem freios.

O insano é feliz porque é criança.
Não tem vergonha de brincar.
É feliz porque é inocente,
Nem sabe o que é crueldade. Mesmo quando faz uma "maldade".
É feliz porque não dá limites reais ao que é imaginário.
Sonha de noite, sonha de dia, sonha alto.

Dizem que o louco vive num mundo de louco, num mundo só seu, num mundo de sonhos em devaneios. Vai saber.  
E quem falou que o melhor é viver nesse "nosso" mundo "real" que de"nosso" não tem nada?

E nós  tão sãos , tão normais e tão centrados . . .
"Esse cara é um louco ! " - quantas vezes proferimos na inocência do nosso complexo de superioridade.

Deveríamos agradecer pelo elogio .
Levemente louco todos já somos nas nossas idiossincrasias de sermos sempre só nós mesmos e nossa minúscula visão da realidade.
Jamais poderemos saber como é ser John Malkovitch.
Por isso que eu admiro o Inri Cristo.
John Malkovitch numa interpretação incrível de Cristo.


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