terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Antes de ler, leia

AQUI!

A mentira mais verdadeira

"Que bela piada que ninguém entendeu. Atores amadores, que são tão profissionais, que nem sabem quando estão atuando. Que grande bagunça perfeitamente ordenada. Que jogo perfeito cheio de erros tão certos. O ser humano é uma sátira de si mesmo na grande piada da vida... A vida... Esta linda piada que ninguém parece achar graça."


Eu, Juan Gael Amenalba, interpretado por Alfred na Bocca Della Veritá, em Massachussets

Verdadeiras e belas ou mentirosas e feias as palavras sobre arte do poeta paraguaio, vendedor de 3 vezes do Premio Nacional de Literatura de Paraguay e vendedor de um prêmio Nobel de Literatura, Juan Gael Amenalba?

Verdade é que eu não consigo entender a razão pela qual, apesar de seu poder criador, libertador, tanto se fala de arte com ar de superioridade, como se a arte de alguma forma tivesse importância maior que qualquer outra distração que criamos na tentativa de dar significado à  essa vida.

Mentira é tentar viver qualquer mentira que não seja uma que faz sentido pra mim.

Quando se fala de arte e se define, ou se acredita definir, algo indefinível, ocorre o paradoxo de tentar cristalizar em palavras algo cuja condição primordial de existência é a impossibilidade de definições.
Por isso eu gosto dos apelidos. Tudo tem seu apelido.

O Homo Sapiens apelidado de acomodado, ainda não teve a perspicácia de perceber seu poder criador e sua decisão de gerar uma eterna corda bamba entre verdadeiro e falso. É fácil entender que para muitos acomodados também chamados de bonachões, é mais fácil aceitar que existem verdades absolutas do que ter em suas mãos o peso de ser criador.

Resta-nos, por outro lado, tentar entender o porquê de muitos bonachões, muitas vezes conhecidos como artistas, terem uma evidente (ou mascarada) tendência em considerar a ficção que o homem criou e apelidou de arte, uma mentira superior á qualquer outro teatro inventado pelo ser humano, aquele Homo lá, apelidado de Sapiens.

E o que temos aqui, na tela afinal? Seriam pensamentos soltos de alguém que não conseguiu dormir? Mentira! Uma reflexão para uma aula de filosofia? Ou talvez a verdade seja que estas palavras são uma adaptação de um poema conhecido de Amenalba?

Não importa à conclusão que se chegue,qualquer uma será tão verdadeira quanto às palavras do grande poeta paraguaio Amenalba, também apelidado de Franco Fanti, por sua vez apelidado de estudante do curso de Roteiro, de professor de inglês(entre muitos outros apelidos).

É verdade que Amenalba nunca foi um ser vivo que respira e anda por algum mundo fora da minha imaginação. Ainda assim é um tanto assustador e confuso quando me dizem que a verdade é: Amenalba é uma mentira.

Nenhum comentário:

Postar um comentário