quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Caxias do Sul - Um carnaval que você TEM QUE conhecer!


Caros Leitores foliônicos carnavaláticos, mando saudosas lembranças a vocês, direto da cidade de Krakatoa, em Anhangabaú Meridional, onde não é celebrado o carnaval (assim como em Caxias do Sul - RS) e onde eu celebrarei o meu este ano numa celebração honrosa ao paradoxo tão carnavalesco de celebrar o que não há pra celebrar.
TENHO QUE contar uma historieta,só pra que eu e você entendamos que não TEMOS QUE fazer nada nesse carnaval. Na verdade eu já entendi isso há algum tempo, mas quando digo entenDAMOS fico mais próximo de você e vice-versus. Diga-se de passagem, isso vale inclusive para ler esta historieta: nem eu nem você TEMOS QUE ler... até porque você já sabe como termina, eu não. 
Dado Doll e Tierry Figs zoando a vera no CarnaCaxias do Sul 2012



















Baseado em fatos reais
...E aí o meu amigo Thierry Figueirinha também conhecido como Dado Dollabellus(que é gente fina mas é um playboysasso fanfarrão exxxperto e malandro pacas), virou-se pra mim e disse:
"Anda rápido brotherrrrrrr, vambora que eu TENHO QUE pegar mulher!"
E eu pensei : TENHO QUE? Como é?
Vai lá, fera, vai fundo - respondi.
E foi com esse início de carnaval em 2011 que minhas obrigatoriedades de carnaval terminaram oficialmente pra sempre. 
Carnaval é a celebração dos absurdos,  a celebração mór da defasagem constante entre o que a gente acha que sabe e o que a gente realmente sabe. Pode perguntar pra qualquer pessoa sóbria(se encontrar alguma) que ela vai te dizer que sabe, que sabe muito o que está fazendo e porque está fazendo, quando na verdade já se sabe que é justo nessa época que todo mundo aproveita pra querer não saber de nada, pra fingir que não sabe muitas coisas que todo mundo sabe. Imagine você que eu me refiro ao que quer que você ache que cabe melhor quando me refiro a "saber" aqui, porque na verdade me refiro a muitas coisas. 
Fazendo um retrospecto, percebi que na maioria dos carnavais da minha vida sempre soube uma coisa: sempre tive uma necessidade intrínseca de TER QUE alguma coisa e tudo o que eu TENHO QUE fazer me soa como obrigação, e obrigação não soa muito agradável de se fazer. 
Nos carnavais quando era criança TINHA QUE fazer sexo com várias, quando adolescente  TINHA QUE  beijar o máximo de bocas que pudesse, quando virei adulto TINHA QUE me divertir a qualquer custo acordando as 5h pra suar esmagado entre 60 mil pessoas em Santa Teresa, quando cheguei na terceira idade eu TINHA QUE viajar, descansar e aproveitar ao mesmo tempo. Que bom que agora isso tudo acabou. 
Finalmente, agora sim, agora que já morri há dois anos atrás finalmente não TENHO QUE fazer mais nada.



Nenhum comentário:

Postar um comentário