segunda-feira, 25 de abril de 2011

Não gostava de aniversário em 2008

Vinte e seis anos se passaram, e se o ano não tivesse sido inventado com 365 dias hoje teria sido mais um dia que eu vivi, mais um dia passado em branco. Mas hoje é “O” dia. Todo dia deveria ser o dia, mas insistem em me dizer que hoje é o dia. Hoje vão dizer que é o meu dia, mas não sinto que o dia é meu. Meus são todos os dias que vivi, que não podem ser mudados, e fazem parte da minha história. Hoje dou uma festa em minha homenagem, mas a festa é muito mais para os outros que para mim. Sinto que por muitas razões devo comemorar, mas não sinto que haja uma razão para tal comemoração ser só hoje. Não sei definir o que sinto hoje... Sei que sinto muito por muita coisa, sei que sinto muita coisa ruim que não deveria sentir, e apesar disto, sinto que tenho evoluído.
Sonhos se apagam, a determinação enfraquece, a coragem se acovarda, porque te dizem que hoje é o dia, e hoje é só uma vez... Em 365... Apenas um dia... Enquanto os outros dias passam.
Quando meu passado era mais curto, os dias passavam sem que eu percebesse. Muito tempo se passou e os dias não passam mais como antes, agora passo meus dias percebendo cada dia que passou. Passo ainda muito tempo a pensar no futuro e no passado. No presente, acabo pensando muito sem fazer, passo muito tempo perdendo meu tempo... Mas passo a passo tenho aprendido a compreender, a me conhecer.
Hoje é apenas mais um dia, mas hoje já sou adulto. Adulto e não compreendo porque às vezes não passo de um adolescente querendo passar por alguém diferente de mim mesmo para não passar despercebido. Adulto, mas tentando compreender porque tantas vezes sou tão infantil. Hoje é o dia, o dia que passei destas fases, porque hoje eu decidi crescer, escrever... Já havia deitado, mas decidi escrever. Não queria deixar a folha em branco justo no dia que percebi que hoje é sim o meu dia.
Hoje... E todos os dias que eu viver.

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